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‘Radar diabólico’ em Valinhos vira dor de cabeça para motoristas

‘Radar diabólico’ em Valinhos vira dor de cabeça para motoristas


Criado: 18 Setembro 2019 | Atualizado: 25 Setembro 2019

Categoria: Cotidiano / Cidades

Cidade: VALINHOS

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Equipamento instalado em rua ‘erma’, e, segundo autuados, sem visibilidade, provocou indignação e revolta

Ele foi apelidado pelos motoristas de “radar diabólico” e está dando o que falar em Valinhos e Vinhedo. O equipamento, instalado na Rua Dr. Antônio Bento Ferraz, no bairro Chácaras São Bento, em Valinhos, com velocidade máxima e 40km/h, provocou uma enxurradas de reclamações e revolta, depois que motoristas de Vinhedo e Valinhos receberam várias multas ao passar pelo local, que fica próximo ao Colégio Etapa. A via é usada como caminho para quem chega ao município valinhense e também é conhecida por ser uma rota de fuga do pedágio da Rodovia Anhanguera.

O imbróglio começou quando a Prefeitura de Valinhos iniciou a operação de 32 equipamentos no dia 30 de junho. Segundo os motoristas autuados, o “radar diabólico”, diferentemente do previsto da Resolução nº 396, de 13/12/2011, do Conselho Nacional de trânsito (Contran), em seu artigo 7º, § 2º, que diz “Para cumprimento do disposto no caput, a operação do equipamento deverá estar visível aos condutores”, o equipamento não está visível.

O comerciante Rogério Lazaro, que mora em Vinhedo, garante que não há sinalização adequada para informado ao motorista sobre a redução de velocidade no local. “Assim como eu, outras pessoas confirmaram o que já havia notado, que a colocação desse radar criou precedentes imagináveis, uma vez que o local da instalação fica logo depois de uma curva com muitas árvores, impedindo a sua visualização”, explica.

Lazaro avalia que no trecho que não há nada de importante a ser resguardado, diferentemente do final da rua, onde está instalada uma escola, e lá justificaria a instalação de um equipamento de controle de velocidade. “O ponto de montagem, após a curva, não está de acordo com a resolução 396/11 do Contran, que em seu artigo 4 descreve que o aparelho deverá ficar em um ponto de visível ao usuário. Se fosse instalado 100 metros antes, estaria antes da curva, proporcionando esta visualização, e não mudaria nada em relação ao custo da montagem e ao erário público”, argumenta.

Na casa do comerciante, foram recebidas 4 notificações. “Publicamos em rede social nossa indignação e nos deparamos com centenas de usuários na mesma condição ou até pior. Hoje são autuações soma seis, mas existem famílias em que só um motorista recebeu 20 autuações, sem contar o resto da família, um verdadeiro afrontamento aos cidadãos”, indigna-se.

O comerciante, acompanhados de outros motoristas, esteve na Promotoria de Valinhos para notificar a situação, uma vez que o ‘radar diabólico’ atingiu vários usuários de uma região em inclui Valinhos, Vinhedo, Louveira, Itatiba, Campinas, Indaiatuba, entre outros. “Não há ali argumentos justificáveis para a colocação deste equipamento no ‘meio do nada. Inclusive será objeto de acidentes, porque as pessoas se assustam e freiam rapidamente, quase parando, sendo alvo fácil ao desavisado que vem logo atrás!”, acredita.

Segundo Lazaro, a média de velocidade na via sempre foi de 50km/h. “Desejamos providências imediatas, porque não é possível que alguém seja autuado por um radar escondido, em velocidade de 53km, por exemplo, na qualificação de penalidade gravíssima, e receber multas e pontuações semelhantes ao imprudentes corredores e “rachadores” que andam nas velozes pistas deste país, A falta de bom-senso desta Administração beira ao ridículo!”, diz.

Outro motorista, o agrônomo João de Oliveira, contou que há cinco anos ele sua mulher levam o filho até a escola no final da rua e nunca foram multados. “De repente, no mês de julho, apareceram 14 multas! É estranho, porque passamos pelo mesmo trajeto todos os dias, no mesmo horário e na mesma velocidade, em média entre 48 e 52 km/h. O problema é que recebi multas com intervalos de até sete dias. O que eu queria saber é onde estão as multas dos outros dias? Esse radar funciona um dia sim e outro não?”, questionou.

João afirmou que tentou conversar na Secretaria de Mobilidade Urbana, mas que, para fazer um recurso, por exemplo, a burocracia é grande. “Todos os dados estão na notificação, mas na hora de pedir uma reavaliação, que é um direito, preciso provar todas eles por meio de documentos. Sinto-me humilhado e tratado como se eu fosse um idiota. Isso sem considerar todos os impostos que pago para o município. Até agora não consegui nenhuma resposta”, reclama.

Ele ressalta ainda que a via não é sinalizada, não há calçadas, e as lombadas não estão pintadas. “Cansei de ser um cidadão que só tem deveres e nada de direitos!”, desabafou.

Vandalismo
A Prefeitura de Valinhos registrou que o equipamento de fiscalização de trânsito foi vandalizado duas vezes em 15 dias, a última ocorrência no dia 11 deste mês, com suspeita de que o estrago tenha sido provocado por arma de fogo. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, a lente do aparelho foi danificada e o reparo foi feito na sequência. A operação do equipamento não foi comprometida e o Consórcio Valinhos Vias registrou boletim de ocorrência nos dois casos. Também foram realizadas perícias no local.

O secretário de Mobilidade Urbana, Mauro Haddad Andrino, informou que a Administração não vai medir esforços para combater e punir esse tipo de crime e destacou que o local possui placas de orientação quanto ao limite de velocidade permitido na via, que é de 40km/h. “Instalamos as placas antes mesmo do início da operação do sistema de fiscalização, tudo para garantirmos segurança e fazermos com que os motoristas soubessem com bastante antecedência quanto à sinalização do bairro.”

Secretário esclarece sobre o caso.
Andrino garante que a divulgação sobre a implantação dos radares foi feita com ampla divulgação na imprensa e no site da Prefeitura, além da instalação de placas informando a fiscalização eletrônica e os limites de velocidade, assim como faixas educativas espalhadas pelas vias da cidade.

Ele também esclareceu o motivo de ter optado pela colocação de um radar no local em vez da lombada eletrônica. “A diferença entre os dois medidores de velocidade é que o radar fixo monitora um trecho, reduzindo a velocidade ao longo dele, e as lombadas eletrônicas reduzem a velocidade bruscamente em um ponto específico, por exemplo, travessia de pedestres, escolas e outros”, esclarece.

Ele ressaltou ainda que o radar obedece a todos os critérios previsto na resolução e afirma que a sinalização está adequada, excedendo o necessário, já que, além da sinalização existente próximo ao local do radar, há mais três placas distanciadas uma da outra, a aproximadamente 153 metros, sendo que a primeira informação está a 185 metros distante do radar, não caracterizando a intenção de surpreender o motorista.

O secretário informou ainda que não foram geradas multas, apenas autuações, por enquanto.

Fonte
Redação Portal JORNAL O Clássico/Ana Carolina Martins

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