VINHEDO:O Presidente do Legislativo: Edu Gelmi critica gestão e questiona aplicação dos recursos obtidos com a CIP em pagamento de energia

Na última quarta-feira, dia 23, o presidente da Câmara, vereador Edu Gelmi (MDB), criticou a gestão dos recursos obtidos com a Contribuição de Iluminação Pública – CIP e questionou a aplicação das verbas no pagamento das contas de energia elétrica referentes à iluminação pública.
A reunião foi realizada no plenário da Câmara com o propósito de dialogar sobre a aplicação dos recursos obtidos por meio da arrecadação da CIP, conforme havia proposto o presidente durante sessão ordinária. Participaram do encontro os secretários municipais da Fazenda, Deise Gomes; Governo, Jorge Torrezin e Serviços, Márcio Melle.
"Essa lei foi criada e aprovada na Câmara para cuidar da iluminação pública – mas vocês estão gastando com conta de energia elétrica", criticou Edu Gelmi. A crítica do vereador ocorreu depois das respostas da Prefeitura ao Requerimento de autoria de Edu Gelmi.
"Para minha surpresa, as respostas encaminhadas pela Prefeitura demonstram que em 2017, Vinhedo arrecadou R$ 1.583.000,00 e gastou R$ 106 mil – ou seja, considerando custos de mão de obra e locação de veículo, temos 17,85%; em 2018, arrecadou R$ 3 milhões e gastou R$ 140 mil – o que equivale a 12,29%; em 2019, que ainda não terminou, já arrecadou R$ 1.835.000,00 e gastou R$ 75.500,00, ou seja, 13,36%", explicou logo no início da reunião o presidente Edu Gelmi.
Questionados sobre a aplicação da maior parte dos recursos obtidos com a arrecadação da Contribuição de Iluminação Pública, os secretários municipais explicaram que boa parte das verbas são utilizadas para o pagamento de contas de energia elétrica.
"A CIP não foi criada para pagar contar de energia elétrica. Aprovamos a contribuição para arrumar a iluminação e não deixar a cidade no escuro. Se em 2015 a Prefeitura pagava a conta de energia e não tinha essa arrecadação da CIP, como é que agora o dinheiro não é suficiente?", questionou Edu Gelmi.
O presidente da Câmara de Vinhedo explicou que Vinhedo tem cerca de dois mil pontos de luz e, se terceirizado, o serviço de manutenção custaria em média R$ 120 mil por mês, "ou seja, pela arrecadação atual de CIP de R$ 236 mil por mês, se tivesse terceirizado já deveria estar 'sobrando' dinheiro sem a Prefeitura ter que colocar nenhuma eletricista, hora extra e outros custos".
"Não concordo com o que está acontecendo em Vinhedo. Isso é inadmissível! O exemplo de má gestão é claro, límpido e transparente. A Prefeitura teve desde 2017 para arrumar isso e só agora vem dizer que vai fazer a terceirização... Essa lei foi criada para cuidar da iluminação pública e estão gastando o recurso com energia elétrica... gastam R$ 100 milhões em cargos comissionados e gratificados e depois vem aqui falar de austeridade. Aqui é a Casa do Povo, a Casa das Leis, onde é possível dialogar, concordar e discordar. E com isso eu não concordo. Essa não é uma gestão ruim, é péssima", encerrou o presidente da Câmara, Edu Gelmi.

--